Agostinho da Silva, deixou saudades
Poeta, Filósofo, Homem Livre, perseguido pela polícia do Estado Novo, faria hoje 100 anos. Dizia assim aos seus alunos: “Do que você precisa, acima de tudo, é de se não lembrar do que eu lhe disse; nunca pense por mim, pense sempre por você; fique certo de que mais valem todos os erros se forem cometidos segundo o que pensou e decidiu do que todos os acertos, se eles foram meus, não são seus. Se o criador o tivesse querido juntar muito a mim não teríamos talvez dois corpos distintos ou duas cabeças também distintas. Os meus conselhos devem servir para que você se lhes oponha. É possível que depois da oposição, venha a pensar o mesmo que eu; mas, nessa altura. já o pensamento lhe pertence. São meus discípulos, se a1guns tenho, os que estão contra mim; porque esses guardaram no fundo da alma a força que verdadeiramente me anima e que mais desejaria transmitir-lhes: a de se não conformarem” (Agostinho da Silva, "Sete Cartas a um jovem filósofo")
5 Comments:
Sem dúvida que os seus alunos respeitaram a sua vontade. E depois chumbaram todos em exame.
Deixa desfilar o mundo
Quieto fica distante
Não estar interessado
É que é o interessante
(Obras de A. Silva; quadras inéditas)
Faltam-nos Agostinhos e Silvas - o actual é péssimo - para idolatrar. Temos de ter sempre idolo e este com o seu ar de brasileiro pé rapado, insere-se bem no nosso inconsciente colectivo.
Sou admirador de Agostinho da Silva, mas não posso escamotear que divulgou ou ideias feitas ou simplesmente banalidades de base.
Não existe quaquer estratégia de pensamento,muito menos inovador.
É um filosofo,que ele, com razão,negava ser à nossa medida. À minha também !
Querido Prof. Agostinho que tanta falta me fazes.
Já agora, Fátima, se me é permitido o rigor, são as "Sete Cartas a um Jovem Filósofo", escritas por um dos seus heterónimos, José Kertchy Navarro.
Upss, Carlos tens razão...
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