A minha tia Rita, que nem sequer se chamava Rita
Passados alguns dias de lhe nascer a 5º criança (dos sete filhos que teve), o meu avô Joaquim, dirigiu-se à sacristia da Igreja de Almalaguês, para a registar com o nome de Rita e dar-lhe como madrinha, a Santa homónima. Este procedimento era muito comum, naquele tempo, sobretudo nas aldeias. O pároco local (um democrata, respeitador da vontade dos paroquianos!), não gostou do nome e sem dizer nada ao meu avô registou-a com o nome de Conceição. Ignorando este facto, toda a gente lhe chamava Rita. Só se ficou a saber o nome de registo, quando se quis casar e pediu uma certidão de nascimento. Foi um drama - naquela data e filha daqueles pais, não constava nenhuma Rita: havia tão somente uma Conceição. Ultrapassada a situação com a surpresa que lhe é devida, lá se casou e lá teve os seus 5 filhos, mas foi sempre conhecida como Rita. Nunca ninguém lhe chamou outra coisa e depois de morrer, a junta de freguesia, colocou uma placa toponímia identificando a casa e o beco onde viveu. O meu avô teria gostado disto.
4 Comments:
eh! eh! eh! amigo, vais ser excomungado...
Esta história é fenomenal! :)
É muito gira!
Maracujá, vê lá tu bem o que não vale um destacado membro da Igreja? Não serás excomungado!
Enviar um comentário
<< Home