sexta-feira, novembro 03, 2006

Chico Buarque está entre nós, que bom!



Você não ouviu

O samba que eu lhe trouxe. Ai, eu lhe trouxe rosas Ai, eu lhe trouxe um doce As rosas vão murchando E o que era doce acabou-se Você me desconserta Pensa que está certa Porém não se iluda No fim do mês, quando o dinheiro aperta Você corre esperta E vem pedir ajuda Eu lhe procuro, mas você se esconde Não me diz aonde Nem quer ver seu filho No fim do mês é que você responde E no primeiro bonde Vem pedir auxílio Você diz que minha rosa é frágil Que o meu samba é plágio E é só lugar comum No fim do mês sei que você vem ágil Passa um curto estágio E eu fico sem nenhum A sua dança vai durar enquant oVocê tem encanto E não tem solidão No fim da festa há de escutar meu canto E vir correndo em pranto Me pedir perdão (ou não?)

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

"Apesar de você, amanhã há-de ser novo dia, inda pago para ver o jardim florescer, qual você não queria.
Como vai proibir, nosso samba sair a cantar, água nova brotando, e a gente se amando, sem parar".

Escrever e cantar isto em tempo de ditadura, é obra!
Grande Chico! Já fazes parte da lenda.

8:32 da tarde  
Blogger Maria Silva said...

Foi bonita a festa, pá
fiquei contente
inda guardo renitente, um velho cravo para mim

Já murcharam tua festa, pá
mas, certamente
esqueceram uma semente nalgum canto de jardim
......

bjs

10:00 da tarde  

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