segunda-feira, maio 18, 2009

A oliveira de candeio

Durante dezassete anos, mais ou menos por esta época, quando descia a ladeira íngreme para me dirigir à garagem, via, com muita alegria, florescer esta oliveira. Gosto de oliveiras, sobretudo quando estão de candeio (adoro esta expressão!). Agora mudei de casa e, sem querer, fiquei com saudades da oliveira. Não sou muito de ter saudades do passado, faço tudo para que o presente seja confortável e me agrade, mas, repito, sem querer, fiquei com saudades da oliveira e com um sentimento de perda. Eu sei que posso lá voltar para a ver, mas acho que perdi aquela relação afectiva e próxima que tinha com a oliveira, sim porque havia qualquer coisa de afectivo e cúmplice na maneira como eu e a oliveira nos relacionávamos. Duvidam? Então porque é que ela me estendia os braços e me acenava todas as vezes que eu passava e a olhava carinhosamente?

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2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Como te compreendo! Eu perdi uma acácia, que todos os anos floria, e os meus sentimentos foram semelhantes!
M.I.

3:49 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Eu também te compreendo. Toda a minha infância e juventude tive vista para um campo de oliveiras. De repente mudei para a Madeira e cada vez que encontro uma oliveira nesta terra, a minha alma renasce.

9:48 da manhã  

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