segunda-feira, março 15, 2010

Quem nos defende das vigarices?

O meu sobrinho neto, Zé Pedro, tem agora cinco anos e vive em Almalaguês. É um garoto reguila, igual a tantos outros, faz muitos disparates e ele próprio até tem consciência disso. Outro dia, quando lhe perguntei como estava, ele respondeu-me: “olha, estou farto de fazer asneiras!” Bem, mas verdade seja dita, ele não faz todas as que lhe são imputadas: imaginem que, quando o Zé Pedro tinha três anos, repito, três anos, receberam lá em casa, uma intimação da Judiciária, porque, “ele, Zé Pedro, tinha celebrado um contrato com a TVCabo, na Amadora e nunca tinha pago as prestações” e para provar o que diziam, mostraram aos Pais o contrato assinado com o nome dele e com o Número de Contribuinte e tudo. Os Pais, incrédulos, explicaram até à exaustão e várias vezes, que tal não podia ter acontecido, dado que o garoto com três anos, apesar de precoce, não sabia ler nem escrever e nunca tinha estado na Amadora. Ainda este problema não estava resolvido, porque, entretanto, já tinha seguido para Tribunal, quando, passados uns dias, recebem nova intimação, agora por causa dum contrato celebrado com a SonaeCOM e, que, também não tinha sido honrado pelo Zé Pedro. Bem, resumindo, Judiciária para cá, DIAP e advogados para lá, e depois de muitas chatices, de muitas preocupações (mas como certas Instituições são cegas e surdas, mesmo diante das evidências), o Zé Pedro acabou por ser julgado, e, recentemente, absolvido, claro. Aos Pais foi dito que se quisessem uma indemnização pelo danos causados, pelo tempo perdido, pelo dinheiro gasto, teriam que mover um processo Judicial… Acham que é normal que uma família depois de ter sido incomodada, desta forma, por um vigarista qualquer, não tenha ninguém que a proteja e que a defenda sem ser a expensas suas?

Nota: Recentemente, soubemos, através dum programa da SIC, “nós por cá”, que este tipo de vigarices é frequente.


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