segunda-feira, julho 03, 2006

Não, não estou pedrada, mas hoje sinto-me assim ...

No meio do caminho tinha uma pedra
No meio do caminho tinha uma pedra
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.

Carlos Drummond de Andrade

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Fátima:

É nitidamente um poema para o presidente da Câmara de Viseu.
Um tal senhor Ruas...

Ou, em alternativa, à:
memória dos(verbalmente) lapidados fiscais do Ministério do Ambiente que, insensíveis ao virtuosismo do Poder Local, apoquentam as Beiras.

Das duas uma...

5:45 da tarde  
Blogger Maria Silva said...

Esta também é muita gira.

Quadrilha (Carlos Drumond de Andrade)

João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para um convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou com J.Pinto Fernandes que não tinha entrado na história.

10:09 da tarde  

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