A Casa da Música - Porto

Parece mentira mas é verdade: eu nunca tinha ido à Casa da Música, confesso, pronto! Mas, chegou o dia e lá fui! Meti-me no comboio, apanhei o andante* e eis-me ali, mesmo à porta, disposta a uma visita guiada! (adoro visitas guiadas). Confesso que fiquei encantada. É uma coisa surpreendente e esmagadora, pela beleza, pela originalidade, pelo pormenor, enfim, é um edifício maravilhoso que merece, a todos os títulos, uma visita!
O arquitecto Rem Koolhaas, não deixou nada ao acaso, tudo é subtil e estruturalmente pensado numa incrível combinação de vidro, cimento e alumínio. O auditório grande, com uma capacidade inicial de 1.238 lugares, é profusamente iluminado, por dois grandes janelões, que simultaneamente, contribuem para mostrar a decoração das paredes forradas a madeira com desenhos dourados.
Os dois órgãos colocados nas paredes laterais, são de inspiração absolutamente diferentes: um, barroco, é uma cópia dum órgão Mexicano e o outro, cópia dum do País Basco. Em duas salas mais pequenas, usa e como, o azulejo, e o resultado é incrível.
Mas, pelo menos para mim (e na minha modesta opinião), é o vidro, aquele vidro ondulado e sem caixilhos, para evitar ruídos e se segurar por si mesmo, que lhe empresta uma beleza inesgotável nas diferentes nuançes de imagens que nos oferece.

Vitor, gostei de ir à tua terra. Fiquei com muita vontade de, agora, ir assistir a um espectáculo na Casa da Música. Irei em breve, quem sabe se nos encontramos por lá! :)

* No Porto o bilhete do Metro é chamado de andante. Adorei.