sexta-feira, novembro 17, 2006

Presidente da República Francesa?

Eu espero que ela ganhe! Não apenas por ser Mulher e linda, mas por ser inteligente, culta, corajosa, trabalhadora. Vai em frente Ségolène Royal! Eu votaria em ti, se pudesse!

6 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Não sei se é mais inteligente, culta,corajosa ou trabalhadora que Fabius ou Strauss-Kahn.
Mas eu também votaria nela.

8:46 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

É uma personagem política audaciosa com preocupações e estratégias sobre o futuro da França e da Europa.
Criou um movimento cívico "Désirs d'avenir" que interessaria divulgar e conhecer melhor.
Embora pertencendo à facção moderada do PSF, tem uma qualidade importante - insuperável - no "marasmo" da política francesa dominada, nos últimos anos, por Chirac e Sarkozy: é uma adepta convicta da democracia participativa. Ouve, sente e interpreta a rua! Onde, em França, tem surgido muitas convulsões.
Nos circulos políticos intimos é conhecida como "La Zapatera", em resultado da proximidade de conceitos sobre políticas sociais e de migração com o 1º. ministro espanhol. Aliás, dedicou a sua vida política às áreas da educação, da segurança, da imigração, do trabalho e da segurança social.

Logo, será, para os franceses e as francesas, fácil escolher entre Sarkozy e Segolene Royal... Espero eu!

11:52 da manhã  
Blogger Francisco said...

Também espero! :)

8:44 da tarde  
Blogger Pedro Monteiro said...

Eu, contudo, penso que a dita senhora pouco terá de esquerda. Seja pelo seu excessivo apoio ao liberalismo económico ou pela proposta de revisão dos horários de trabalho semanais. Seja pela oposição aberta à despenalização do aborto e casamento de homossexuais. Seja pelo seu espírito securitário, algo militarista. Não tenhamos dúvidas: como diz Saramago, quando a esquerda se aproxima do centro, aproxima-se da direita. É o caso. Esta senhora está, como se dizia há dias, mais próxima de José Sócrates do que de Manuel Alegre. Ora, eu não votaria em Sócrates para Presidente.

Pedro

12:21 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Amigo Pedro

O seu comentário fez volver o meu pensamento umas décadas atrás.
Quando o agora Nobel (com justiça?) Saramago era apenas um "funcionário" do PC, e por aí colocado na direcção do "Diário de Notícias". Certamente com receio de mostrar bem o que era a sua "esquerda", fez saneamentos bárbaros, e colocou na redacção a "tropa fiel". Isto é ser de esquerda? Ou as pessoas não têm memória?
E ainda uma pergunta.
Suponha um cenário de umas eleições presidenciais com uma segunda volta para dois candidatos: Sócrates e Barroso. Em quem votaria?...

9:52 da manhã  
Blogger Pedro Monteiro said...

Saramago, com todos os defeitos que tem, não deixa de ter razão no que diz. Esta é, de resto, uma afirmação recorrente na imprensa - por exemplo, há umas semanas o Courrier Internacional trazia uma série de artigos que apontavam para essa ideia.

Entre Sócrates e Barroso? Quer mesmo uma resposta honesta? Barroso. Por Sócrates posso ter admiração pela sua firmeza e determinação, mas não me identifico com algumas políticas que leva a cabo (por exemplo, acabar com os subsídios dos deficientes da Guerra Colonial? é justo? bonito?). Portanto, preferia Barroso. Ao menos esse tem um discurso mais humano e tendo começado a militar na esquerda (e Sócrates começou no PSD quando este já era visto como de direita) é porque seguramente, e isso vê-se nalgumas entrevistas, tem alguns valores que caracterizam a esquerda - mais não seja a defesa da liberdade, tema que em Sócrates, como outros tantos, não causa paixão ou emoção no discurso. Barroso tem imensos defeitos, mas é uma pessoa que gosta da cultura. Isso é outro ponto a favor. Barroso, note-se, é mais à esquerda que Cavaco e, provavelmente, tanto como Sócrates. Por isso, entre os dois escolhia Barroso. Até porque governar com o PP de Paulo Portas (um dos partidos mais liberais nas questões da economia e conservadores nas sociais) não nos dá um retrato do que o que Barroso iria fazer, mas do que Barroso e Portas fizeram. E tem dúvidas se Sócrates prefere uma coligação com o CDS ou com o Bloco de Esquerda?

Mas inteligentemente preferiu ignorar a minha pergunta sobre Segolene. Não me conformo com a ideia da sua vitória seja um conformismo do eleitorado socialista, um gesto pragmático. Isso foi o que sucedeu com Sócrates. Não era um verdadeiro socialista, mas era um produto político puro, um combatente de eleições. Isto não é o conceito do político do serviço público e das causas. E, para mim, se a esquerda deixa as suas causas...

Pedro

10:45 da manhã  

Enviar um comentário

<< Home