Apesar da crise, das infiltrações, da queda do estuque da sala de operações, da guerra do Iraque

TEMPO DE NÂO
Exausta fujo as arenas do puro intolerável
Os deuses da destruição sentaram-se ao meu lado
A cidade onde habito é rica de desastres
Embora exista a praia que sonhei
Sofia De Mello Breyner
4 Comments:
Não resisto a postar um poema de Armando David que, passando pela guerra, termina na volúpia insensata e fútil dos portugueses:
"O campo de batalha coberto de encarnado
a lividez da morte no rosto dos vencidos;
corpos alquebrados, contorcidos
pelo supremo esforço consumado.
Dor e desolação. Morte na alma;
a guerra é implacável no ódio e na ambição.
Ruínas deixa e, a destruição
rouba ao humano a paz e doce calma.
Mas, no meio deste cena sangrenta
em que o desgosto, o suor e o pó
tudo entristece e cobre de dó
e põe a nu a trágica tormenta;
Indiferente ao choro que fica,
uma voz se eleva por fim
dizendo, altiva, vibrante, qual clarim:
- Viva o Benfica !"
Armando David
Sophia... :)
Muito engenhoso este post!
Gostei!!!
Vim aqui agradecer o poema.
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