Será que entre nós, se faz quase tudo, sem qualquer fundamentação científica? Ou será que as Universidades, por sua vez, também não têm preocupações pragmáticas?
Concordo que as universidades não devem ser centros de formação profissional, como muitos gostariam que fossem. A ideia em si é ridícula. Mas o que também não devem fazer é fechar-se à comunidade e viver sobre si próprias, em bolha. Isso só as prejudica, porque passam a viver em esterilidade (é o que acontece no interior de toda e qualquer bolha). Quanto às empresas, estamos ainda muito longe da célere economia mercantil e do marketing feroz achar que pode lucrar algo com a experiência académica, que os empresários vêem como pó que os faz tossir... cof cof! Há culpas de parte a parte.
Fico um pouco pasmado com estes comentários. Será que as universidades só servem para formar professores que se autoperpetuam assexuada e infinitamente?
As Universidades em Portugal são praticamente irreformáveis. Tenho dúvidas se já assimilaram o espírito da Reforma (Pombalina) de 1772. A Universidade continua pejada de fantasmas ... jesuítas ou pensamentos neo-jesuíticos. Depois do 25/04, abriram-se não à democratização do ensino mas ao negócio e pejaram o País de "capelas". A situação que hoje vemos explodir em França tem um terreno propício para poder vir a enxertar-se em Portugal. As "capelas" produziram licenciados para um País imaginário (virtual). Vagueiam pelo ensino secundário sem rumo nem estabilidade ou penam no desemprego. Entretanto parte significativa do sector empresarial português "dispensa" os conhecimentos técnicos e científicos que a Universidade ensina e, tem horror, à investigação. O que não deixa de ser outra atitude (empresarial) eivada de contornos... jesuíticos. Por isso, temos o menos qualificado grupo empresarial europeu.
Com tanta atitude "jesuítica", de parte a parte, é de esperar pouco em avanços tecnológicos mas muito em termos de subdesenvolvimento e estagnação económica.
3 Comments:
Concordo que as universidades não devem ser centros de formação profissional, como muitos gostariam que fossem. A ideia em si é ridícula.
Mas o que também não devem fazer é fechar-se à comunidade e viver sobre si próprias, em bolha. Isso só as prejudica, porque passam a viver em esterilidade (é o que acontece no interior de toda e qualquer bolha).
Quanto às empresas, estamos ainda muito longe da célere economia mercantil e do marketing feroz achar que pode lucrar algo com a experiência académica, que os empresários vêem como pó que os faz tossir... cof cof!
Há culpas de parte a parte.
Fico um pouco pasmado com estes comentários. Será que as universidades só servem para formar professores que se autoperpetuam assexuada e infinitamente?
As Universidades em Portugal são praticamente irreformáveis. Tenho dúvidas se já assimilaram o espírito da Reforma (Pombalina) de 1772. A Universidade continua pejada de fantasmas ... jesuítas ou pensamentos neo-jesuíticos. Depois do 25/04, abriram-se não à democratização do ensino mas ao negócio e pejaram o País de "capelas". A situação que hoje vemos explodir em França tem um terreno propício para poder vir a enxertar-se em Portugal. As "capelas" produziram licenciados para um País imaginário (virtual). Vagueiam pelo ensino secundário sem rumo nem estabilidade ou penam no desemprego.
Entretanto parte significativa do sector empresarial português "dispensa" os conhecimentos técnicos e científicos que a Universidade ensina e, tem horror, à investigação. O que não deixa de ser outra atitude (empresarial) eivada de contornos... jesuíticos.
Por isso, temos o menos qualificado grupo empresarial europeu.
Com tanta atitude "jesuítica", de parte a parte, é de esperar pouco em avanços tecnológicos mas muito em termos de subdesenvolvimento e estagnação económica.
O que fazer? Talvez orar...
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