Açores-e de regresso

Ficam as saudades dos amigos, as conversas amenas, os sabores e os odores das comidas e da terra, a beleza das imagens que enchem o nosso olhar, o silêncio das lagoas e o contacto com as pessoas que são incríveis. A título de exemplo: um domingo fomos fazer um picnic ao Nordeste, com a Mitó, e, como o jantar tinha sido um pouco pesado levamos apenas uma fatia de carne assada, para cada um, uma peça de fruta, uma cerveja e um docinho. Abancámos na Ponta da Madrugada, ao lado duma família desconhecida, que estava a fazer uma magnífico e autêntico grelhado. Tudo cheirava divinamente. Nós, prudentes, bem tentámos comer a nossa parca refeição, só que eles não deixaram. A páginas tantas avançam para nós duas mulheres com um prato cheio de carne, morcela e chouriço, assados na brasa. Tentamos recusar, mas foi impossível perante o argumento de que, quando Deus dá é para todos!

Aqui ficam algumas imagens: Massa Sovada em casa da Fernanda, Pico e funchos, Queijo do Tôpo (para mim, o melhor queijo de S. Jorge), Queda de água da Ribeira dos Caldeirões (onde eu vejo uma fantasmagórica figura masculina, não acham?), Araçás do meu quintal (todos os dias se soltavam dois ou três, para nos deliciarem) e a esplêndida Beatriz comendo, com apetite, o magnífico pão da Salga (uma cooperativa de mulheres).

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