terça-feira, dezembro 05, 2006

As árvores da rua também perderam as folhas

As árvores têm estado coloridas com lindas tonalidades de Outono. Mas o vento, a chuva, a geada, lançaram-lhes as folhas ao chão, que agora apodrecem escurecidas, na beira do caminho.
Hoje, ao olhar para elas lembrei-me de ti, minha amiga, e de como o teu sonho mais querido, mais acalentado, também era lindo e de cores festivas. Lembrei-me de, quando nos dias felizes, tu, com aquela alegria e espontaneidade que te caracteriza, me contavas as venturas da tua vida, do teu fantástico romance de amor. Ainda há tão pouco tempo, não havia uma nuvem, nesse horizonte claro e límpido que parecia indestrutível. Tu eras feliz, muito feliz, e eu gostava de te ver assim, de te sentir assim. Contudo, também para ti, chegou o inesperado vendaval. Hoje, precisamente hoje, o teu sonho chega ao fim. Hoje, eu sei, vais sofrer muito, embora, aparentemente, pareças anestesiada para tão grande e profunda dor. Mas, querida, nunca te esqueças: o vento leva as folhas amarelecidas e mortas. É um processo de renovação. Na Primavera tudo recomeça de novo. As árvores, depois de cortados os ramos mortos, florescem mais fortes e mais viçosas! E tu, minha amiga, hás-de sonhar de novo, um sonho lindo e feliz. A vida deve-te isso. Fico à espera.
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