As Ilhas de Bruma e a minha sanidade mental
A doença é um estado terrível de sofrimento e de desconforto. Neste momento, em que me encontro menos bem de saúde, confesso que aquilo que mais me custa é a dependência. Sim, porque deitada não me dói nada, mas quando me levanto ou me sento, para além duns escassos cinco minutos, aí o filme muda todo e lá venho a arrastar-me, de novo, para a cama, eu, que toda a minha a vida dormi mal e nunca gostei de passar na cama, mais tempo do que é necessário. Portanto, eu, que sempre tentei pautar o meu caminho pela independência, pelo controlo da minha vida, pelas decisões (às vezes impensadas) na hora, sinto-me praticamente dependente dos outros, até para um copo de água. E sonho com a hora em que me vou levantar e andar pela casa fora, pela rua fora, pela vida fora, e não me doer a perna. Sonho com a hora, o minuto, o segundo em que vou telefonar aos amigos e postar aqui, já estou a andar bem! Ao mesmo tempo, e aceitando, resignadamente, os conselhos dos médicos e dos amigos (muitos felizmente), que me recomendam paciência, muita paciência (que palavra terrível para quem está doente!) penso como sou feliz, por ter esperança, por pensar que isto é temporário, que em breve vou ficar completamente boa, que vou andar sem problemas. Depois penso naqueles que sabem que não vão voltar a andar e questiono-me de como será viver sem esperança, e na total dependência dos outros, até para as coisas mais elementares...
Bem, mas mudando de assunto, encontrei, finalmente aqui, uma coisa que procurava à tanto tempo, e cá vai para os meus amigos esta maravilhosa canção das Ilhas de Bruma, Sim, porque aquele "mar imenso me enche a alma", um dos meus sonhos, acalentado, sempre com muito amor, é regressar sempre, semore, sempre que puder, aos Açores.
Bem, mas mudando de assunto, encontrei, finalmente aqui, uma coisa que procurava à tanto tempo, e cá vai para os meus amigos esta maravilhosa canção das Ilhas de Bruma, Sim, porque aquele "mar imenso me enche a alma", um dos meus sonhos, acalentado, sempre com muito amor, é regressar sempre, semore, sempre que puder, aos Açores.
Etiquetas: O poeta e músico Manuel Ferreira é o autor desta canção
2 Comments:
Votos de rápidas melhoras! Um abraço solidário dos Açores!
Rápidas melhoras, Fátima!
E desculpa, não tinha visto que também me tinhas desafiado para a correnteza. :)
Beijos.
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