Mosteiro do Lorvão

O Mosteiro de Lorvão encontra-se entre os mais antigos da Europa, já que a sua fundação remonta a meados do século sexto, de acordo com as memórias relatadas pelos cronistas monásticos, corroboradas por uma pedra de ornato visigótico que se encontra incrustada na torre dos sinos. A sua longa história está cheia de relatos lendários, relacionada, sobretudo, com os primeiros séculos da instituição. Em 1205 o mosteiro sofreu profunda reforma, levada a cabo por D. Teresa e D. Sancha, netas de D. Afonso Henriques. A sua fama levou-as a alcançar a honra dos altares, em 1705. Os restos mortais das duas santas encontram-se actualmente na capela-mor da igreja. Esta reforma fez de Lorvão a primeira comunidade feminina da ordem de Cister em Portugal. Por tudo isto, vale a pena fazer uma visita a este Mosteiro e, admirar a maravilhosa talha dos seus altares e do seu esplendoroso cadeiral, esculpido em dois tipos de madeira, do Brasil, os seus painéis, as suas esculturas e, por exemplo, comover-se com a triste história de vida desta D. Teresa, casada e feliz, durante três anos, com o Rei de Leão, pais de três filhos e cujo casamento foi dado como nulo pelo Papa, devida a pressões do rei de Castela, com o argumento de que eram primos. Devo informar que pelo preço módico de 1 euro, terá uma visita guiada, com acesso a uma detalhada informação, à igreja, ao museu e aos claustros.

A Sacristia tem quadros e esculturas fantásticas.

Esta escultura representa a Senhora do Bom Leite. É Linda. Nunca tinha visto igual.

Mosteiro do Lorvão (2) - Tesouros

Mais uma vez recomendo a visita a este Mosteiro que está situado no fundo dum sinuoso vale, rodeado de vegetação, em que predomina, lamentavelmente, o eucalipto. Dentro dele, encontramos autênticos tesouros de originalidade e beleza. Por exemplo, já tinha visto a Rainha Santa Isabel, ou melhor, Isabel de Aragão, vestida assim? Com um vestido bem giro, dentro da moda (daquela época, é claro), mas com o regaço cheio de rosas...

E este magnífico cadeiral feito de jacarandá preto do Brasil e a nogueira, únicos materiais utilizados, na sua cor natural, que contribuem em grande parte para acentuar a beleza da sua talha.
Destaco ainda a beleza de algumas esculturas, deste santo de que não me lembro o nome (:) e de dois Querebins, portadores de velas, que ladeiam o altar principal.

Depois temos também este lindíssimo realejo que, como tantas outras coisas, aguarda restauro.

Custa-me este tempo de temporal

a todos os títulos. Não aceito, nem acredito, que neste País onde eu vivo, tudo se resuma a descrédito, tráfico de influência e o diabo a sete e que a única coisa que se tenha democratizado, mesmo, seja a corrupção. Eu espero por dias de sol.

Nota: permenor do cadeiral do Mosteiro do Lorvão, veja mais aqui e aqui