quarta-feira, outubro 28, 2009

A Rota da Seda

Durante séculos, a seda, vinda do Oriente, constitui-se como um factor do intercâmbio, com o Ocidente, elo de ligação entre entre as civilizações antigas da Ásia, Europa e África, contribuindo também para o intercâmbio inter-continental. A sua produção era verdadeiramente um segredo de Estado, mas, não houve segredo que resistisse muito tempo às manhas duns monges, ao serviço do Imperador Justiniano. Ora leia AQUI. E foi assim que os maravilhosos casulos da seda chegaram a Constantinopla. Na foto vêm-se a ser aquecidos e depois com ajuda duma espécie de vassoura a serem pendurados pelos respectivos fios.

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sexta-feira, outubro 23, 2009

O meu polegar esquerdo

Enquanto o meu braço esquerdo e a respectiva mão continuam aprisionadas compulsivamente dentro deste gesso pesado e opressor, do qual tenho a sensação de me estar a ferir a pele, eu vou sofrendo o incómodo de estar dependente dos outros, para quase tudo. Já mexo bem quase todos os dedos da mão, mas não o polegar. Ai o polegar! Nunca me tinha passado pela cabeça a importância do polegar. Como vestir uns simples "collants" sem utilizar o polegar? Como abotoar o botão das calças sem o polegar? Como comer de faca e garfo sem o polegar? Como tomar banho e segurar o chuveiro? E eu que não tenho muita paciência nenhuma e toda a gente me recomenda a dita...ai, ai.

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quarta-feira, outubro 21, 2009

A Determinação da Enfermeira da Urgência

Quando cheguei à Urgência dos HUC, cerca de 12 horas depois de ter partido o braço, a minha mão apresentava um inchaço compatível com a situação. Já tinha tentado tirar os anéis e não conseguira, portanto, a indicação que foi dada à Senhora Enfermeira era a de que usasse um alicate e os cortasse. Eu fiquei com pena mas aceitei -(vão-se os anéis e ...) Não era pelo valor comercial, mas tinham-me sido oferecidos e embora eu tencionasse mandá-los arranjar já não era a mesma coisa. Contudo, a jovem Enfermeira, com muita paciência, sabão e determinação, à revelia do facilitismo que era suposto, lá conseguiu tirá-los. Fiquei contente e agradeci-lhe muito. Podem achar que isto é uma banalidade, e, é, mas são estas pequenas coisas que fazem a diferença.

terça-feira, outubro 20, 2009

O Camelo e outras formas

Na Capadócia a erosão e a natureza do terreno dão-nos formas surpreendentes.

segunda-feira, outubro 19, 2009

As Chaminés de Fada


São o símbolo da Capadócia e dão uma aparência encantada a esta região.

Partir um braço na Turquia e mesmo assim sentir-se feliz

Sempre tive medo de quedas. Tenho a mania que a maior parte dos velhos morre de quedas. Tento diminuir os riscos, tanto quanto posso: desde que me aposentei, passei a usar sapatos confortáveis e a olhar com atenção para o sítio onde ponho os pés, mas, enfim, caio na mesma, como toda a gente. E então como caio! Uma amiga minha ganhou uma viagem à Turquia, para duas pessoas, da promoção que a "Bertrand" e "Ciclo dos Leitores" estão a fazer. Generosamente, perguntou-me se eu queria ir com ela. Aceitei. Tudo correu bem, até ao último dia - O programa está bem organizado, os hotéis variam entre o bom e o razoável, a comida é abundante em legumes, queijos, iogurtes e o pão é bom. A Capadócia é única, irreal, com uma paisagem absolutamente louca e fantástica, que, só de olhar para ela, achamos que a Natureza, ali, caprichou, para nos surpreender. Mas, no último dia, choveu torrencialmente, e, na ânsia de cumprir o programa lá fomos visitar a parte antiga de Antalya. Foi então que começou a “malapata”: já quase de regresso, pelo fim da tarde, depois de visitar "As portas de Alexandre", a minha amiga caiu no mármore molhado, e fracturou uma mão, que, de imediato começou a inchar. Drama e saco de gelo em cima da mão direita. Mas isto não ficou por aqui, quando, sempre debaixo de chuva, íamos apanhar o autocarro que nos levou ao aeroporto, eu, com os tais “sapatos confortáveis”, também escorreguei, no mármore molhado, caí e parti o braço, junto ao pulso. Drama e saco de gelo, em cima da mão esquerda, até ao aeroporto. Ali, já depois do check-in, fui ao posto médico. Quando o médico viu o braço, disse: “Madame don't fly”. E eu de imediato, em absoluto desespero: “I fly, fly!” Ele com ar sério: “Madame can't fly!” E eu sempre: “I fly, fly!” Já se imaginaram a ser operados na Turquia, sem conhecer lá ninguém e sem entender nada da língua? Inimaginável! Na minha recusa em ficar, não estava em causa a competência técnica, ou coisa que o valha. Era outra coisa, naquele momento, queria-me com os meus. E numa de bravata, talvez inconsciente, pensei que preferia morrer no avião, a ficar ali. Assinei o termo de responsabilidade, apanhei o avião, como todos os outros e, saco de gelo em cima do braço, na tentativa de congelar a dor e o desespero, rumei para Portugal. Só ansiava chegar a Coimbra, juntos dos médicos amigos. Assim, quando por volta das sete da tarde, entrei na sala de operações dos HUC e na mesa operatória, me vi rodeada da equipa e daquela parafernália toda, tipo filme de ficção científica, e enquanto me espetavam agulhas aqui e acolá, eu ia pensando: mas porque é que eu, que sou uma “caguinchas”, que devia estar em pânico e com o coração apertado, estou tão calma e até absurdamente feliz? Eu sei, eu sei - eles iam dizendo, na minha língua: “está tranquila, vai tudo correr bem!” E foi assim que eu, que ainda nem tinha chorado uma lágrima, quando me acordaram, depois da intervenção e me vi rodeada daqueles rostos amigos e competentes, me apeteceu chorar, mas de felicidade!

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domingo, outubro 18, 2009

Baptista Bastos, outra vez...

Ele nunca saberá como me delicio ao lê-lo:
"Quando entrei nos jornais ensinaram-se o seguinte: "Jornalistas são camaradas e tratam-se sempre por tu. Colegas são as putas." Ficou-me para sempre." leia tudo aqui

sábado, outubro 17, 2009

Voando de madrugada sobre a Capadócia

sexta-feira, outubro 16, 2009

Já regressei

assim, com um braço partido. Eu sei que vão ficar preocupados, os amigos sim, e são só esses que interessam. Não se preocupem, já fui operada, já estou em casa, é o braço esquerdo. Um dia destes conto-vos tudo, mas hoje não.
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quarta-feira, outubro 07, 2009

Vou ali e já venho....

Eu sei que tenho andado com pouca pachorra e agora vou dar uma volta. Em breve escreverei alguma coisa.