Quando falámos com um amigo da hipótese de ir a Toronto e às Cataratas do Niagara ele disse-nos que, tinha em Toronto, um grande amigo de infância, e que nos ia dar o contacto para o caso de precisarmos de alguma coisa. Aceitámos agradecidos e posteriormente fomos informados, que, esse amigo, não só nos dava o seu contacto como se oferecia mesmo para nos levar às ditas Cataratas. Foi assim que conhecemos aquele Homem de Santa Maria, o João Bairos. Adorámos conhecê-lo, não só pela maneira generosa e desinteressada com que nos tratou, mas, sobretudo, por nos ter permitido conhecer um pouco melhor este fenómeno, tão Português, da emigração. Ser emigrante como o João Bairos é estar sempre atento ao que se passa em Portugal, e, às vezes, sofrer e alegrar-se, mas sempre ligado através da RTP Internacional e da Antena 1. Ser emigrante como o João Bairos é ser do Benfica, e ter uma filha, já nascida no Canadá, mas que foi ver os jogos do Europeu e chorou quando Portugal perdeu. Ser emigrante como o João Bairos é ter outra filha, que, quando se casou, levou uns brincos de filigrana de noiva do Minho, comprados em Lisboa. Ser emigrante como o João Bairos é ser solidário, muito, com os outros emigrantes e ajudá-los quando precisam. Ser emigrante como o João Bairos é levar-nos a almoçar a um restaurante Português em Toronto, onde tudo é Português e até a água é do Luso. Enfim, ficámos lhe eternamente gratos, áquele Homem emigrado de Santa Maria, já depois de fazer a tropa nas ex-Colónias e hoje dono duma agencia de viagens em Toronto.
Publicado lá, naquele
sítio. Foto- monumento aos emigrantes em Toronto.