É isso mesmo!

"Se o teu espírito não estiver nublado por coisas desnecessárias,
Será este o melhor período da tua vida."
Wu-Men

O problema é o "Alemão"...

Eu não deixo que a idade me incomode. Há três sinais de velhice: perda de memória... Não me lembro dos outros dois...
Red Skelton

Que os bombeiros estão mal equipados

já se sabia, mas agora, este senhor confirma. Quando referi que em Almalaguês e creio bem, que noutras situações, a população é que defendeu as pessoas e as casas, não queria minimizar o trabalho dos bombeiros, antes pelo contrário. Acontece que eles andavam noutros fogos. Há vários bombeiros na minha aldeia e até na minha família, que estiveram cerca cinco dias, sem vir ao seu domicílio e praticamente sem descansar. As mulheres deles contaram-me, que quando regressaram a casa, além do previsível cansaço, tinham os pés em ferida, do terrível aquecimento a que as botas que calçavam, tinham sido submetidas. Não deveriam usar botas adequadas a estas situações?

Parabéns Gonçalo!!!

A idade é uma coisa que não tem importância, a não ser nos queijos. Billie Burke

Nota: claro que tem importância, mas não para ti, ainda...

Para as minhas amigas!

E para todas as mlheres, sobretudo, para aquelas que sobrevivem aos incêndios, a todos os incêndios, e que conseguem ainda sonhar e voar, sobre as cinzas restantes!

Almalaguês- salvaram-se as pessoas e as casas

Fui ontem visitar a minha aldeia. Não dá para acreditar até onde o fogo chegou. A minha cunhada diz que quem salvou o que era de salvar, foram os habitantes e sobretudo, os jovens: pegaram nos carros e foram colocá-los longe do fogo, em moto-serras e cortaram as árvores que cercavam as casas e depois, com a pouca água que restava, foram apagando as faúlhas e salvando as habitações. Lá, em Almalaguês, há um artesanato ancestral, feito em teares manuais, pelas mulheres, nas horas vagas. Aqui vão duas amostras da beleza dos seus lavores. Cada vez tenho mais orgulho da minha gente!

A caminho das Lombadas com Ribeira Grande ao fundo e anjos voando nos céus!

Já estou de regresso à minha cidade de Coimbra, que mais parece ter sobrevivido a um auto de fé medieval e expiatório. Dá vontade de chorar. Agora posso avaliar o pânico e o sofrimento que as pessoas passaram por aqui. Sinto-me grata por ter sido poupada a isso.
Ainda trago os olhos cheios destas vistas, destes verdes, desta paz, e no coração, a sempre reiterada amizade dos nossos amigos. Venho com saudades e alguma melancolia por ter deixado a nossa casa, as flores, os araçás, as anonas e por não ver crescer a proteia que o Paulinho Sampaio nos deu.
Lá, às vezes, as nuvens, são em forma de delicados "Anjos", outras vezes não, isso é claro. Captei esta nuvem para um jovem amigo, que também gosta deste tema.

Eu bem desconfiava que era truque publicitário!

O diabo sabe muito não por ser diabo, mas por ser velho! E eu, que também já o sou, bem que desconfiava. Agora, já se sabe que era tudo uma mistificação.

A "sinceridade" dos autarcas, sobretudo, em vias de perder o "tacho"!!!

O meu amigo Ademar, está sempre atento às notícias, mas acho que ele ainda acredita nos glutões do presto!

Já andamos menentes*!

Pois é, as férias em S. Miguel estão no fim. Estamos menentes. Já conheço os sintomas. Todos os anos é a mesma coisas. O Luís olha para o Araçaleiro e diz com amargura: nunca provei estes araçás do quintal! Eram só mais 15 dias! Ainda nem fomos ao Pinhal da Paz! Eu também me apetecia ficar mais uns dias, mas compreendo que a nostalgia dele é diferente das minha. Voltaremos em breve, se tudo correr bem.

*- tristes, pasmados, passados.

Almalagues- Ardeu muito do que restava das lembranças da minha meniniçe

Ligar para a minha aldeia e ouvir uma das minhas sobrinhas aos gritos e a dizer que estava a viver um inferno e que os arredores da aldeia era um braseiro, que toda a gente estava a viver grandes momentos de terror, foi muito duro. Hoje, esta tudo muito mais calmo, mas ainda tenso.

Saber que Coimbra estava cercada por um anel de fogo tambem nao foi facil.

Como explicar estes dias que vivemos?

Como explicar este Pais?

Isto ainda e um Pais?

Comungo da perplexidade deste meu amigo ao saber que ardeu aquela Mata!

O que sera que vou encontrar quando regressar? Telefono de hora a hora e sinto toda a gente deprimida, mas fico feliz, apesar de tudo, consigo falar com eles.

( este pc nao aceita acentos, mas isso, hoje, nao interressa nada.)

Centro Cultural da Caloura, uma visita obrigatória.

Impõe-se uma visita ao CCC. É uma visita muito agradável e uma descoberta maravilhosa. Este CCC, além de estar muitissimo bem integrado na paisagem, tem um espólio artístico notável, com obras de artistas predominantemente Açorianos, tais como as do escultor Canto da Maia e pintores como Luís França, Domingos Rebelo, Urbano, etc., e outros do Continente como Paula Rego, Silva Porto, Menez, etc. Tomás Borba Vieira, ele mesmo um grande pintor, com quadros no Museu Carlos Machado, criou este CCC, onde expõe os quadros dos outros pintores e com humildade, que eu designaria de quase Franciscana, não expõe nenhum quadro seu. Admirável!

Nota: hei-de voltar a falar disto em breve.

Açores - Capital Nacional da Cultura 2010!

Estes amigos daqui já se estão em campanha para este evento. Contem comigo. Pedro podes colocar-me esse Link, no destaque?

Eu também preferia estar Alegre!

O meu amigo Ademar anda muito desanimado com a política nacional. Diz que não vota nem Soares nem Cavaco. Eu, não sou tão corajosa. Se tiver que ser, lá vou engolir, outra vez, um sapo, mas vou triste! Preferia votar mais Alegre!

Um Quarto de Légua em Quadro

Luiz António Assis Brasil é um escritor brasileiro de origem açoriana e tem uma ligação muito forte aos Açores e aos autores Açorianos. Conta-se que quando foi à Terceira, em busca das suas origens, ao ter nas mãos a certidão de nascimento do seu bisavô (?), chorou emocionado. Tem bastantes livros publicados, dos quais destaco: "Concerto Campestre", "O Homem Amoroso", "A Margem Imóvel do Rio", "Pintor de Retratos", "Videiras de Cristal". É muito conhecido e respeitado no Brasil, onde seis das suas obras já foram adaptadas ao cinema. Este livro, "Um Quarto de Légua em Quadro", conta a viagem de cerca de 300 casais de Açorianos emigrados para o Brasil em meados do séc. XVIII, tendo-lhe sido prometido terra cuja medida era Um Quarto de Légua em Quadro . Esta saga, é um retrato duro e comovente, talvez do início da emigração Açoriana. Vale mesmo a pena ler. Entretanto, esta obra, também já adaptada ao cinema e acabou de ser estreada no festival de Gramado. Parabéns Assis Brasil!

Nota: obrigada amigo Carlos Tomé, por me "apresentares" este autor.

Vistas Magníficas com vaca solitária! (foto Maracujá)

Clik na fotografia. É uma paisagem da Ilha do Corvo com as Flores ao fundo.... Verá a vaquinha desanimada por não poder aceder à caixa multibanco mais próxima!

Falas ouvidas no calhau (3)

Éme, eu vou-te sofrer? (Ó homem, não estou para te aturar!)
Esta petchena, é muito arrematada! ( é muito ajuizada)
Éme, parou o sol na Guiné? (Ó homem, porque é que paraste?) (acho esta o máximo!)

O Zeca Medeiros

É o maior e o melhor contador de histórias que eu conheço. Quem tem o privilégio de o escutar, esqueçe o tempo passar. São dele estas duas, da ilha do Corvo.

A mais fascinante, é a do Carlos Nascimento, que emigra para a América, creio eu, e depois para o Chile, onde herda, dum tio, uma livraria e, posteriormente, vem a ser o primeiro editor do grande Pablo Neruda! Tenho a impressão que o Zeca anda a congeminar ficção!!!

A outra história, é acerca da única caixa de multibanco da ilha do Corvo. O problema, diz o Zeca, é que quando ela avaria e aparece escrito: dirija-se a caixa mais próxima. A mais próxima, fica na ilha das Flores!!!

ILHAS- O barco vai de saída!

A viagem no dia 13 foi um sucesso. A organização Mário Machado está de parabéns. Correu tudo muito bem, 49 pessoas a bordo, tomou-se banho no mar, viram-se vários grupos de golfinhos e os chicharros, na Ribeira Quente, estavam excelentes. Dizem que para o próximo ano há mais. Oxalá.

Falas ouvidas no calhau! (2)

Éh rapazinho, essa pedra vai te pisar! (vai te magoar)
Éh senhor, esse petcheno tem petafe! (esse pequeno tem defeito)
Estão a "arrejeitar roqueiras" lá na festa da calheta! ( atirar foguetes)

Nota: as consoantes finais nunca são ouvidas, as vogais são fechadas e os "L" são "rolados", na boca, o que dá um som maravilhoso! Eu, pelo menos, adoro!

Falas ouvidas no calhau!

Vavó, esta areia tá pelando, tá pelando! (quente de queimar)
Éh mulher, fogotarriço! (não sei a tradução, mas é qualquer coisa má!)

Geo_Cozido - Cozido das Furnas

(Foto Maracujá)

Este Geo-cozido, é um dos pratos mais conhecidos e apreciados de S. Miguel. Nós, cá em casa, e seguindo a tradição da família do Luís, colocamos tudo dentro dum saco, seguindo esta ordem do fundo do saco para cima:
- batatas, cenouras, nabos e repolho;
- carne de vaca,carne de porco (pé, entrecosto, rabo, orelha, tudo previamente salgado);
- galinha;
- lingíça e morcela;
- inhames e batata doce;
E pronto, vai para o fumegante buraco, durante seis horas, destilando gorduras e cozendo suavemente.
É bom, sobretudo quando se come acompanhado de amigos.

Pico da Vara - Os fascinantes verdes dos Açores!

(foto Rui Coutinho, Maracujá)

(clik na foto!)
O Pico da Vara é um dos pontos mais altos de S. Miguel. Habitat do misterioso e quase extinto priôlo.

Sonhei muitas vezes com um "Destaque"!

Aqui no blog, claro! Este amigo, simpáticamente, colocou-mo e disse que eu poderia continuar a pedir coisas! Obrigada! Como eu digo, com frequência: quem não tem um amigo Ilhéu, não sabe o que perde!

Em casa do meu amigo João

Naquele lugar, perto de Ponta Delgadada, pesca-se o mais saboroso peixe da ilha e bebe-se um excelente vinho! Além de muitas e interessantes conversas com Ilhéus simpáticos, cultos e preocupados com a cultura insular! Obrigada!

Enola Gay

Não temos o direito de esquecer que faz hoje 60 anos que um avião com este nome, deixou cair uma bomba atómica sobre Hiroxima...

Ilhéus dos Mosteiros... E muito Mar

(foto Rui Coutinho)
Misteriosos e negros rochedos
marcos moldados pelo vento
erguem-se do mar sem fim
como um sinal do tempo

Parabéns!

Este rapaz faz hoje anos e dá uma grande festa, veja tudo na "A revolta dos pasteis de nata!"

Piscina das Furnas

Esta fotografia da maravilhosa piscina das Furnas, de água quente e ferrosa, só pode estar aqui graças à ajuda e arte, do meu grande amigo Rui Coutinho (Maracujá).
E como este blog é um espaço de afectos e como os Açores proporcionam essas manifestações, aqui fica reproduzido, um belo texto, que a minha muito querida amiguita, Andreia, deixou como comentário:
Depois do meio e nunca o fim: as furnas.
pelo meio, arvores com tronco de ferrugem
e aquela vaca toda branca
ao virar de uma curva.
antes da ribeira grande.
A cantar a musica popular no carro de vidros abertos.
a respirar fundo de tanta natureza.
a fechar os olhos para,
como alguém disse,
conseguir descansar de tanta beleza.
O início: aquela casa
com entrada virada
para um pedaço de verde.
a vizinha inês a bater à porta
com pratos de massa sovada
e frango com pimentinha
e outras delícias.
O acordar com a sirene da carrinha da hortaliça.
a rtp açores a invadir a casa de sotaque...
isto e muito mais.
no início e no meio.
Nunca o fim.
Mais uma vez, obrigado Fátima e Monte.
que saudades...
Andrea
Nota:não tens nada que agradecer, Andreia, a casa é dos amigos, também.

Açori(anar) Açori(amar)! (3)

Hoje, por causa duns pingos de chuva que cairam e também por causa disto, fui à piscina da Furnas. Maravilhosa água quente, magnífica massagem. Eu sei que não acreditam, mas fiquei "mais melhorzinha"! O sol e o calor (muito calor) regressaram prontos.

Nota: no próximo dia 13 de Agosto, por volta das 10 horas da manhã, vai sair em excurção, um barco de Ponta Delgada e fazer-se ao mar, até à Ribeira Quente, onde haverá um almoço nos Restaurante "Garajau" , depois do qual, regressará de novo a Ponta Delgada. Organização do Mário Jorge Machado (Gadelhas). Ainda há lugares. Increvam-se, vai ser divertido.

A minha segunda Natureza

No verão, em Agosto, tenho sempre a sensação de ter uma segunda Natureza: a de ser e estar nos Açores! Mar muito azul, calor, muito calor, muitas flores, e amigos, muitos e bons. Acreditem que gosto desta Natureza!
Eu, por enquanto, não tenho hipótese nenhuma de colocar fotos, mas vá aqui e veja, se tanta beleza não é demais!