O louco da minha rua

porque todo o silêncio é bordado de murmúrios...

Comemora-se hoje, em França, o dia desta mulher, patriota e guerreira, que a Igreja queimou como bruxa e depois reabilitou como santa.
Tinha todas as condições para ser um grande filme
, baseado na vida de Amedeo Modigliani. A acção decorre em 1919. A Grande Guerra acabou e, em Paris, a vida nocturna está cheia de artistas, cada um mais genial, apaixonado e boémio que o outro. É neste contexto que nos é contada a história da rivalidade entre Modigliani (Andy Garcia) e Picasso (Omid Djalili). Dois homens cuja inveja um do outro é alimentada pelos seus brilhos, arrogâncias, álcool, drogas e paixões. Mas há também, aquela incrível história de amor: a de Jeanine Hebuterne (Elsa Zylberstein), uma jovem e bonita rapariga católica, que se apaixona perdidamente por Modigliani, um judeu. O pai de Jeanine, não lhe perdoa tal paixão e, por vingança, envia secretamente para um convento, num lugar longínquo, o filho que tem de Modigliani. Entretanto, Paris prepara-se para a competição anual de Arte, cujo prémio é uma grande soma de dinheiro e uma carreira sólida. Na esperança de assim conseguir recuperar o seu filho, Modigliani inscreve-se na competição. Picasso inscreve-se também e está montado a trama para o competição. O filme é realizado Mick Davis, tem uma bela banda sonora, e é agradável de ver, para conhecer, um pouco, a obra e a vida deste génio da pintura, mas não é um dos filmes da minha vida...
Fui há dias ver o filme. Vê-se com agrado, acho que está bastante fiel ao livro, mas o que mais me surpreende neste fenómeno todo, é a maneira como a Igreja Católica se desdobra em explicações e repetindo à saciedade que se trata de uma obra de ficção... Eles lá sabem! São peritos no assunto.

O, agora renovado (como se diz) Campo Pequeno, tornou-se, de facto, num espaço magnífico, na cidade de Lisboa. Contudo, o jardim que tem em frente, está um caos. É pena, porque até tem uma árvores e uns bancos convidativos, mas o chão está cheio de papeis e a relva está completamente destruída. Sr. Presidente da Câmara, ou seja lá quem for que deva fazer isto, melhore o aspecto do jardim! Vai ser uma mais valia importante!
Faz-se como qualquer outro pudim de leite e ovos, só que, aqui, o leite é previamente fervido com duas colheres de sopa de chá verde, da Gorreana, Açores, (que depois se côa, claro). Fica com um delicado sabor a chá, experimentem. A receita foi-me dada pela minha amiga, Carminda Coutinho (magnífica cozinheira), Mãe do Rui Coutinho
Passados alguns dias de lhe nascer a 5º criança (dos sete filhos que teve), o meu avô Joaquim, dirigiu-se à sacristia da Igreja de Almalaguês, para a registar com o nome de Rita e dar-lhe como madrinha, a Santa homónima. Este procedimento era muito comum, naquele tempo, sobretudo nas aldeias. O pároco local (um democrata, respeitador da vontade dos paroquianos!), não gostou do nome e sem dizer nada ao meu avô registou-a com o nome de Conceição. Ignorando este facto, toda a gente lhe chamava Rita. Só se ficou a saber o nome de registo, quando se quis casar e pediu uma certidão de nascimento. Foi um drama - naquela data e filha daqueles pais, não constava nenhuma Rita: havia tão somente uma Conceição. Ultrapassada a situação com a surpresa que lhe é devida, lá se casou e lá teve os seus 5 filhos, mas foi sempre conhecida como Rita. Nunca ninguém lhe chamou outra coisa e depois de morrer, a junta de freguesia, colocou uma placa toponímia identificando a casa e o beco onde viveu. O meu avô teria gostado disto.
é uma planta trepadeira, que, no início da primavera, se cobre de lindos e perfumados cachos de flores. Dizem os entendidos que a glicínia, é uma trepadeira versátil, pois que pode ser cultivada até como bonsai! Mas a da foto, pertence à minha amiga Teresa (que é uma magnífica jardineira) e ela cultiva-a assim, e eu gosto!
e há pessoas a quem gostamos de as oferecer. Aqui fica a beleza dum hibisco dos Açores para o Vitor, porque ele merece. Especialmente, hoje.
Não sei bem a que horas, mas deve ser depois do concurso a Herança, passa o Filme "Mystic River". Se ainda não viram, aconselho-o vivamente! É magnífico!
regressa aos media, com um livro de acusações, relacionado com os acontecimentos das últimas eleições municipais . O homem terá, simplesmente, mau perder ou estará coberto de razão? São as cenas dos próximos capítulos ...
Também é curiosa a tradição dos ovos de Páscoa, pintados à mão. Alguns são autênticas obras de arte, e podemos assistir à realização desse trabalho de pintura, nas ruas de Praga.
Outra coisa que eu desconhecia completamente, mas que achei graça, é a tradição de comer carpa (aqui, abundantes, dado que há muitos rios e lagos), na noite de Natal. Segundo a nossa guia, a carpa deve ser levada, ainda viva, para casa. Algumas donas de casa, compram-na com antecedência e colocam-na em água, até à data da cozedura, facto que, por vezes, acarreta contratempos, porque as crianças da casa, entretanto, afeiçoaram-se ao bicho e recusam o seu abate. Dizem que não se comem os amigos! Então é ver as mães, apressadas e chateadas, acompanhadas pelas criancinhas, a lançar a carpa ao rio e ir comprar outra para o efeito! Mãe sofre!!!
, conta a história dum jovem, Mattew Shepard, de 21 anos, espancado e assassinado por ser homosexual. Baseada numa história, verídica, é o retrato da intolerância, do ódio e também da vulnerabilidade e medo, face à diferença. Laramie, é ainda, infelizmente, um retrato duma sociedade dos nossos dias, com falta de humanidade e compaixão. 
Absolutamente imperdível é a Ponte de Carlos em Praga, a mais antiga da cidade e que surgiu no lugar da Ponte de Judita derrubada em 1342 por uma inundação. A partir do ano 1870 foi chamada de Carlos, Rei da Boemia (principal região da atual República Checa) Carlos IV. A ponte é fortificada, em ambos lados, com torres (A Torre do Bairro Pequeno, e a Torre da Cidade Velha). Mais tarde foram colocados nos pilares da ponte 30 estátuas (incluindo a de S. João Nepomuceno, confessor da rainha e que, segundo a lenda, se recusou a revelar ao rei, os segredos de confessionário da mesma, como é aqui lembrado por este bem informado leitor, que não me deixa passar nada!) e conjuntos de estátuas de santos de famosos escultores barrocos. Diz a lenda que esta ponte jamais cairá, porque à sua argamassa foram incorporados ovos e vinho.
Freud nasceu há 150 anos, após ele, tudo mudou e tudo ficou... mais humano, se me é possível dizer isto! 
Praga é também a cidade de Franz Kafka, que aqui nasceu em em1883 e está perpetuado por todo o lado. Há, pelo menos, uma praça com o seu nome, estátuas, vários cafés e na casa onde viveu encontra-se esta escultura. Filho de um abastado comerciante judeu, Kafka cresceu sob as influências de três culturas: a judia, a checa e a alemã. Formado em direito, ele fez parte, juntamente com outros escritores da época, da chamada Escola de Praga, onde reina um movimento que defende que a criação artística deve ser alicerçada numa grande atracção pelo realismo, uma inclinação pela metafísica e uma síntese entre uma racional lucidez e um forte traço irónico. É essa mistura de ironia e lucidez que aparece na maioria dos textos de Kafka.
Escreve, entre outros, A Metamorfose (1916), onde narra o caso de um homem que acorda transformado em gigantesco insecto; O Processo (1925) conta a história de um certo Josef K., julgado e condenado por um crime que ele mesmo ignora; O Castelo (1926) o agrimensor K. não consegue ter acesso aos senhores que o contrataram. Essas três obras-primas definem não apenas boa parte do que se conhece até hoje como "literatura moderna", mas o próprio carácter do século: kafkiano. (Honestamente, só li os dois primeiros:(.)Morreu com tuberculose, num sanatório perto de Viena.
Este Post é dedicado ao É-Pá, tal como ele o sugeriu aqui.
Dizer que Praga, é uma cidade maravilhosa e que muita da história da Europa passou por ali, é um lugar comum (até porque já todos os meus ilustres visitantes o disseram antes de mim), mas sentir isso tudo, é uma emoção muito grande. Por tudo isso, passei e olhei para aquelas maravilhas todas, com o espanto da descoberta. Deixo aqui algumas dessas imagens de maravilha: Praça da Cidade Velha, o seu monumental relógio astronómico, datado de 1410, a estátua de Jan Huss, criador do movimento herético Hussista, julgado pelo Concílio de Constança e condenado à fogueira, em 1415.


Gustav Klimt ( 1962/1918), foi um pintor simbolista austríaco, natural de Viena. Quando apresentou as suas obras em público, colocou em estado de choque o grande público do início do século 20, com uma pintura encantatória, mas subtilmente erótica. Um olhar atento na obra de Klimt vai mostrar em alguns quadros, uma forte tonalidade de ouro e prata, certamente influência da arte do seu pai, que trabalhava no entalhe de ouro e prata, e que funciona com perfeição para construir o erotismo das suas belas mulheres.